28 de nov. de 2010

seus males meus males

Sente se em sinta se em casa
Me beije e me acaricie com suas doces asas
Me acompanhe até o quarto,perceba as sombras da parede

Não se arrisque em encara-lás,
O repúdio lhe faz sofrer
No espelho de seus olhos todo mau me é passado

Silêncio entre quatro paredes,
Enquanto não há vontades
Pois ainda que tardes hão de aparecer.

22 de nov. de 2010

Conversas em plena madrugada

Meus pais não vão acordar,e eu sei disso.
Ninguém escuta nos,podemos falar o que pensamos
sem nenhum puder,sem maldade.

O que o vento te lembra?
Uma cortina branca de seda soprando contra a janela?
Ou passos ocos no tapete azul claro?

Dois corpos deitados em lugares inusitados.
Derramados sobre qualquer vestígio de amor.
Sobre excesso de amor,uma breve correção.

- Haverá móveis? não,precisamos apenas escolher
um sofá,uma cama e um tapete.

Quem saiba depois uma cortina.
Na madrugada clara ouvimos Beatles e tomamos leite.
Mas nada seria mais perfeito se chovesse e tivesse uma cadeira de balanço.

Manhã

Prefiro esconder-me em minhas mágoas,
não quero ser errante ou até mesmo invasiva
Aceito teus defeitos pois pra mim é como se fossem qualidades

Ainda quero rir com você pela manhã,
te ver sorrir,te ouvir
Eu necessito de você.