22 de nov. de 2010

Conversas em plena madrugada

Meus pais não vão acordar,e eu sei disso.
Ninguém escuta nos,podemos falar o que pensamos
sem nenhum puder,sem maldade.

O que o vento te lembra?
Uma cortina branca de seda soprando contra a janela?
Ou passos ocos no tapete azul claro?

Dois corpos deitados em lugares inusitados.
Derramados sobre qualquer vestígio de amor.
Sobre excesso de amor,uma breve correção.

- Haverá móveis? não,precisamos apenas escolher
um sofá,uma cama e um tapete.

Quem saiba depois uma cortina.
Na madrugada clara ouvimos Beatles e tomamos leite.
Mas nada seria mais perfeito se chovesse e tivesse uma cadeira de balanço.